sexta-feira, 27 de junho de 2008

Potências Económicas em 2020

A minha expectativa para os países que serão potências económicas em 2020 são:

China
Índia
Coreia do Norte
Japão
Suiça
Vietname


Os países que (com elevado grau de probabilidade) não serão potências económicas em 2020 são:

Portugal
Brasil
México
Marrocos
França

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Made in Vietname

AS empresas da China, ou que simplesmente estão colocadas na China começam já a procurar outros locais de produção.
O próprio governo Chinês investe noutros países, inclusivamente africanos, na procura de mão de obra mais barata.

À medida que a mão de obra vai subindo de preço na China, os investidores necessitam de procurar outros países onde ainda exista mão de obra muito barata.

Também o futuro social incerto da China é uma razão para os investidores diversificarem os países de investimento, na sua boa tradição de “não por todos os ovos no mesmo cesto”. Isto porque, como em qualquer grande revolução industrial, segue-se um período de grande insatisfação social. As diferentes classes que resultam tendem a gerar um conjunto de debates políticos, que podem levar a grande instabilidade política, no limite podem conduzir a golpes de estado.

Um dos países para onde o investimento se dirige agora é o Vietname, que provavelmente sofrerá uma grande industrialização nos próximos anos.

À partida podemos pensar que esta realidade é má para a China, mas na verdade é o que a China necessita para encontrar a sua estabilidade económica. Inserida num conjunto de países com que se equilibrar e competir, a Economia chinesa arrefece mas não morre.

Tendo em consideração que a Economia chinesa crescia como uma bolha especulativa, é sempre preferível arrefecer que rebentar.

Entretanto, a Ásia na sua globalidade começa a tornar-se uma grande potência, com características muito próprias.
Com a Índia nos serviços, o Japão nas Tecnologias de ponta e a China e países circundantes em objectos e todo o tipo de produtos, a Ásia torna-se muito completa e competitiva.

É contudo a nível cultural que a Ásia apresenta grandes dúvidas. Serão os vários países asiáticos capazes de se aproximar? Evoluirão os direitos humanos ? Continuará o Inglês a ser a língua Internacional ? Consegue um país grande como a China atravessar crises sociais como aquelas que se esperam sem se dividir?

Vivemos numa era em que o poder está cada vez mais distribuído e já os mais ricos não são obrigatoriamente os mais poderosos e vice-versa. Muito depende da intervenção no mundo das novas grandes potências, mas é reconfortante saber que o poder vai sendo distribuído pelos vários continentes.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

ainda sobre a descida do preço do petróleo

Há dois posts atrás escrevi sobre como iria cair a pique (daqui por uns 30 anos) o preço do petróleo.

Mas nesta semana algo aconteceu que está relacionado com o mesmo fenómeno e que veio reforçar o que havia dito.
Algumas marcas de automóveis informaram que iam lançar para o mercado veículos que usam energias alternativas.

A mensagem que imediatamente recebemos do presidente da Arábia Saudita foi que o alto preço do petróleo não era mais que especulação e que iria aumentar já a produção para equilibrar o mercado e baixar o preço.

Aos exportadores de petróleo não interessa com certeza que se encontrem energias alternativas ao petróleo. No fundo são um concorrente directo.
Ao dizer que ainda existe muito petróleo e que o preço irá baixar desencorajou o investimento nas energias alternativas.

Baixar o imposto sobre os produtos petrolíferos seria a pior medida que poderíamos tomar, pois estaríamos a dar mais espaço aos exportadores especuladores para subirem o preço. Pelo menos, vamos fazer com que esse dinheiro fique nos nossos estados. Porém esse valor devia ser acordado entre os vários países da U.E.

Ao mantermos esse impostos estamos também a dar uma hipótese competitiva às alternativas e muito mais cedo o preço do petróleo cairá.
Mas não poderá cair muito, porque a partir de um certo ponto não compensa extrair e esse será o ponto óptimo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A um passo de acabar com a Fome no Mundo

A Índia, o país com maior potencial de desenvolvimento do Mundo está a estudar as aplicações das nanotecnologias na agricultura.

Para quem ainda não tenha sido apresentado o nano é da família do metro, mas é uma unidade infinitamente mais pequena. Quando falamos em nanotecnologias falamos em algo que se passe a um nível microscópico.

As capacidades que começam a surgir de agir a nível nano-biológico irão permitir novos tipos de colheitas. Podem ser colheitas mais resistentes a intempéries, capazes de crescer em solos menos férteis e com capacidade de gerar uma elevada quantidade de nutrientes em muito pouco tempo e espaço.

Melhor que o toque do rei Midas (figura mitológica que transformava tudo o que tocava em Ouro) as nano-biologias prometem acabar com a fome.

E nos entretantos, travar o aquecimento global, acabar com a desvastação da amazónia, acabar com a dependência do petróleo e dar uma grande ajuda no sentido da Paz Mundial.

Horizonte Temporal ?
Algumas décadas, neste século quase de certeza.
Antes de 2050 ? Penso que apenas os primeiros passos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Preço dos Combustíveis vai descer a pique

É verdade, o petróleo irá ficar ao preço da uva mijona, mas Calma.
Não se entusiamem muito porque não é para já, nem para um futuro próximo.
Na verdade, se e quando acontecer já não nos vai interessar muito.

Olhemos então para o mercado actual.
O petróleo é extraído a preços não superiores a 30 dólares o barril. No mercado internacional ele é negociado a muito mais de 100 dólares o barril.
No final existe ainda o poder dos mercados (em portugal as produtoras têm demais face às congéneres europeias) e finalmente os Impostos.

Nota: não sei porque insistimos em falar em dólares. Adiante ...

Esta diferença de valor que eleva o barril dos 30 aos 130 é o resultado daquilo que chamamos de Cartel de Preço, combinado com um bocadinho de especulação.
Não é novidade que desde os anos 80 os OPEP (países exportadores de petróleo) fazem cartel de preços acordando vender acima de um certo preço ou abaixo de uma certa quantidade (cujo o efeito é o mesmo).

Mas neste momento, devido a um conjunto de factores, existe uma subida contínua. Esta subida contínua dá vontade a qualquer um de nós armazenar uns litros de petróleo na arrecadação, e vender daqui por uma semana muito mais caro.
A expectativa de lucro é muito superior ao da bolsa, neste momento.

Se há uns anos atrás, os exportadores de petróleo tinham interesse em fugir ao acordo e vender o petróleo a preços inferiores ou quantidades superiores ao combinado, hoje já não querem fazer isso
O que lhes interessa agora é armazenar esse petróleo.
Mas quando se fala em armazenar, não é tirar do fundo da terra (a preços elevadíssimos) para depois o armazenar num poço enorme (a preços também eles elevados).
Nada disso.
Neste momento tudo o que têm que fazer para fazer especulação é aguardar. Deixar para amanhã o que podem extrair hoje.

Como estão a contar com uma constante subida do preço do petróleo, vão extraíndo o petróleo mais devagar, dando-lhe tempo e incentivando a sua subida de preço.
Apenas devem extrair suficiente petróleo para manter a dependência.

Isto levanta uma questão política interessante. Quando os países consumidores sobem os impostos sobre os produtos petrolíferos, obrigam-nos a baixar o preço e quando baixam os impostos, eles sobem o preço.
Este fenómeno só acontece porque os vendedores se mantêm no limite da dependência.
Portanto, perdido por perdido, mais vale elevarmos a carga fiscal sobre os combustíveis.

O fim deste ciclo só poderá ser um.
A introdução de bens alternativos, ou para ser mais específico, a introdução de energias alternativas.

Quando entrar a concorrência das energias alternativas, já os produtores de petróleo vão ter interesse em baixar o preço, mas nessa altura não baixarão apenas por questões concorrenciais.
É toda a bolha especulativa criada ao longo destes anos que rebenta fazendo os preços cairem como se o petróleo não tivesse qualquer utilidade. E aí o mercado vai voltar a funcionar, porque os OPEP já não vão ter força para se manterem unidos.

Porém, nos dias de hoje, os representantes das OPEP também sabem fazer prospectiva. O que significa que eles têm algum interesse em antecipar uma grande descida com pequenas descidas para desvalorizar o investimento em energias alternativas.

Cabe-nos a nós, PIP (Países importadores de Petróleo) fazer uma contra-acção contra essa contra-acção: um acordo de “não descida de impostos”.
Acordamos desde já que cada vez que o preço do barril de petróleo descer, os vários países vão aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos, de forma a que não se sinta qualquer oscilação no preço dos derivados do petróleo.
Com este acordo, cada oscilação especulativa sairá muito cara aos países da OPEP e estaremos a dar estabilidade aos investidores em energias alternativas.
Para os investidores em energias alternativas é muito mais importante e eficaz a estabilidade que os apoios, pois permite que o mercado funcione incentivando o investimento através da promessa de retorno.

Para completar, deve ser acordado o livre mercado das energias verdes, de onde ficará excluída a energia de fissão nuclear e biodiesel.

Através deste acordo, nós os países importadores de petróleo conseguimos:

  • Controlar as subidas do preço do petróleo
  • Incentivar sem prejudicar o mercado as energias alternativas
  • Inverter o ciclo das dependências num muito curto espaço de tempo
  • Proteger as economias e o ambiente