quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sector de automóveis com crescimento de 2 dígitos em 2013

Contra todas as expectativas, o sector automóvel poderá voltar a ter um boom de crescimento nos primeiros anos da próxima década.

Uma das razões é a actual contracção que certamente fará com que se sinta mais a recuperação. O sector automóvel está neste momento a atravessar uma forte crise relacionada com a crise mundial e com a subida dos custos do petróleo.

A questão principal que levará a um crescimento nas vendas de automóveis novos será a descida dos custos energéticos, bem como um aumento da sua eficiência energética. Ainda é cedo para afirmar com certeza qual será a forma de energia mainstream dentro de alguns anos, mas as alternativas estão a tornar-se cada vez mais económicas.

Ainda no tema das energias estão também a fazer-se grandes avanços da parte da eficiência energética. A tecnologia automóvel está agora a dar o salto da eficiência, que apenas não deu antes por falta de interesse.

A terceira razão é o aumento da classe média a nível mundial. A percentagem de população mundial que tem capacidades financeiras para adquirir um automóvel novo é cada vez maior. Em alguns países da Ásia e de África podemos esperar um aumento da compra de automóveis novos próximo dos 3 dígitos.

Outra razão será a diminuição do tempo de vida dos carros que tende a ser mais curto, devido à constante introdução de novas tecnologias e às restrições ambientais e de segurança crescentes. O tempo de vida útil de um carro deverá descer para bem menos de 10 anos. Por outro lado, os carros tendem a tornar-se mais baratos, mais leves e menos resistentes.

Outra razão é a terceira vaga e o fim dos horários de trabalho clássicos. As pessoas tendem a afastar-se do centro das cidades progressivamente e a distribuir-se pelo interior. Tendem também a abandonar o horário das 9h00 às 18h00 para horários mais incertos e flexíveis. Desta forma a ideia de que as nossas estradas já não conseguem suportar mais automóveis desaparece, pois estas passam a ser utilizadas em horários diferentes. Por último, espera-se também que as cidades e vilas tenham mais planeamento, com espaços para estacionar, estradas mais bem construídas e garagens subterrâneas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Petróleo não vai acabar

Já não é a primeira vez que digo que o petróleo nunca irá acabar. Mas desta vez, a imagem torna-se clara.

Tudo indica que o preço do petróleo está em queda continuada de preços. O que, à partida levaria os ambientalistas aos arames. Mas o resultado é o oposto.

O preço do petróleo está em queda, devido à redução da procura. As energias alternativas, combinadas com uma maior preocupação com a eficiência energética e a queda das principais bolsas mundiais contraíram fortemente a procura.

Do lado da oferta a reacção já se faz sentir. Os países exportadores de petróleo têm agora menos argumentos para extrair petróleo nos locais mais dispendiosos. Por um lado, o petróleo já não é tão rentável assim e por outro, querem manter os preços elevados e os custos de extração baixo pelo máximo de tempo possível.

Do nosso lado, só temos de fazer a nossa batalha. Conseguir reduzir o consumo ao máximo, para que os preços continuem a descer ainda mais, a nossa dependência seja reduzida ao máximo e consigamos proteger o ambiente.

Quem se salva? Não só o ambiente, mas também as economias dos países importadores.
No final foram os ambientalistas que protegeram as frágeis economias.

Restaurantes recorrem ao outsourcing de cozinhas

O conceito não é totalmente novo. A inovação reside no conceito e nas razões que levam a esta separação.

Na realidade portuguesa existe uma grande necessidade de restaurantes de preços baixos em zonas de escritórios. Por outro lado, os espaços para restaurantes nas zonas de escritórios são extremamente caros.

Se pensarmos bem, o restaurante conforme o conhecemos, são dois negócios num só: cozinha e serventia. Porque não separar estes dois negócios ?

Numa zona onde o metro quadrado chega a custar largas dezenas de euros por mês, não queremos perder metade do espaço com a cozinha, perdendo assim toda a rentabilidade (facturação/metro quadrado).

Os restaurantes que passam a ter apenas serventia, colocam-se sobretudo em pisos térreos, em zonas caras, esplanadas, centros comerciais e afins. As cozinhas colocam-se em bairros mais baratos, com menos escritórios, em traseiras de prédios ou no cimo de edifícios, mas sempre com condições máximas de higiene de forma a respeitar com todas as normas. Até se torna mais fácil cumprir as normas de higiene quando cozinha e espaço de refeições não são o mesmo.

Ao separar os dois negócios cada um pode fazer o que faz melhor. Uma só cozinha pode cozinhar para vários restaurantes. Um grande cozinheiro consegue assim ver rentabilizado o seu trabalho e os clientes conseguem ter acesso a uma cozinha de nível superior por um preço inferior.

E qualquer pessoa que não perceba muito de cozinha, mas seja trabalhador e tenha olho para o negócio, consegue assim abrir o seu negócio e preocupar-se apenas em escolher o melhor fornecedor e garantir o melhor serviço aos seus clientes.

domingo, 5 de outubro de 2008

Portugal Inovador – Weak Signals ou Wishfull Thinking?

Ainda é cedo para falar em mudança, mas nas últimas semanas Portugal apareceu por duas vezes nos círculos de Prospectiva e Estudos Futuros Internacionais. E das duas vezes por questões de inovações tecnológicas.

Sob a direcção da investigadora Elvira Fortunato, na Universidade Nova de Lisboa, conseguiram-se produzir processadores em diferentes materiais como papel e vidro.

Na semana que passou começou a funcionar a central de produção energética através da força das Ondas. Uma técnica que se poderá tornar comuns em países costeiros.

Ambos os avanços foram considerados de grande significado para o mundo na medida em que são de tal forma inovadores e disruptivos que marcam o caminho para o desenvolvimento futuro.

Se a estes dois grandes passos juntarmos os planos do choque tecnológico, cujos resultados ainda são difíceis de avaliar, começamos a ver um país que talvez já não seja mais o país do velho do Restelo e do Zé Povinho.

Mas Weak Signals são apenas isso. Pequenos sinais de algo que poderá, ou não, tornar-se uma tendência ou uma mudança.