domingo, 21 de dezembro de 2008

O carro do futuro - sport coupé

Num futuro não muito distante as marcas de automóveis prometem um sport-coupé super-ecológico e super-desportivo.

A promessa é audaz mas não está muito longe.

A base é um motor de baixa cilindrada mas altamente rotativo. Numa condução económica, este motor consome muito pouco, mas quando se pede ele é capaz de dar uma resposta potente. O condutor é que escolhe a cada momento se quer que o carro se comporte de forma extremamente ecológica ou extremamente potente.

As mudanças estão ao cabo de caixas automáticas ao estilo da caixa DSG mas com 7, 8 ou 9 mudanças. A caixa é lubrificada a ar, para economizar energia e as transfeências são extremamente rápidas para não existir perdas energéticas nas mesmas.

O motor virá acompanhado de 1 ou 2 turbos que apenas funcionam quando se pede mais potência do motor.

Todos estes elementos são controlados através do acelerador. Quando é pressionado ligeiramente tudo é ajustado para ecologia e quando pressionado mais a fundo tudo é optimizado para potência e performance.

O motor terá entre 600 e 900 de cilindrada, mas acima de 140 cavalos. Já o binário será espetacular, devido à elevada rotação. Quando uma mudança entra no redline e é necessário por mais uma, a nova já está em elevada rotação. O facto de ter muitas mudanças também faz com que a diferença entre elas seja mais curta.

O carro não terá mais do que 650 Kilos, o que dará a sensação de ser um carro muito mais potente do que realmente é, conseguindo ter uma aceleração e travagem extremamente rápidas.

Para compensar a falta de peso o carro terá de ter uma aerodinâmica lateral. Ou seja, será muito estreito no topo e largo na base. Desta forma, o vento terá muito menos efeito no carro, chegando inclusivamente a endireitá-lo. O comportamento em curva também será melhor, pois para além de ter menos força centrífuga por ter menos peso, a velocidade relativa ao vento fará com que o carro se endireite.
O lado de dentro da curva ou o lado do vento ficam sempre muito agarrados ao chão.

Já a suspensão de um carro destes terá de ser bastante baixa, para que o carro não ande aos saltos. Eventualmente, também a suspensão se adaptará à condução e estado do tempo.

A filosofia de condução por trás de um carro destes é que toda a gente gosta de ter um carro potente, mas raramente pedimos toda a potência de um carro. Este veículo consumirá como qualquer outro numa condução desportiva, mas numa condução económica conseguirá consumos na casa dos dois litros aos 100km/h.

Se considerarmos que um condutor médio apenas pede potência em 10% do tempo que usa o seu veículo, reparamos que em 90% do tempo terá um carro extremamente económico.

É um óptimo negócio.