domingo, 13 de dezembro de 2009

O experiêncialismo

O Experiencialismo (em falta de um nome melhor) é uma tendência cultural muito forte e que ao longo das últimas décadas tem mudado a forma como vemos o significado da vida.

As últimas gerações atribuem a maior importância às experiências que têm na vida. Muito próximo do conceito de viver a vida ao máximo, não basta viver a vida intensamente, mas com uma elevada diversificação de experiências e sensações.

O Sucesso sempre foi medido de várias formas. Actualmente muitas pessoas medem o sucesso em experiências vividas. Não é tanto a pessoa que tem mais dinheiro que é considerado bem sucedido, mas aquele que passou por mais experiencias marcantes: os países que visitou, os empregos que teve, as pessoas que conheceu, os namorados ou namoradas que teve, os desportos que praticou, as vitórias conquistadas e tudo aquilo que tenha marcado a sua vida.

A frase recorrente de “não quero morrer estúpido” que serve de justificação para experimentar tudo, mesmo o que é mau para nós, demonstra a inferioridade de estatuto que por vezes se atribui a quem tem menos experiências.

O experiencialismo nasceu num conceito de intensa competitividade. Nas culturas urbanas existe uma forte competitividade que surge na infância e se prolonga ao longo da nossa vida. Seria injusto chamar a esta competitividade de infantil já que os adultos passam pelas mesmas rivalidades.

Nesta cultura de competitividade, o que interessa não é ser muito bom numa coisa. O que interessa é ser bom em tudo, ou pelo menos no máximo de coisas. E como vivemos numa sociedade em que tudo muda a uma velocidade estonteante, dificilmente alguém explora exaustivamente uma área de saber. O indivíduo que consome demasiado tempo da sua vida num certo tipo de experiência é por vezes visto como tendo “morrido para o mundo” ou “estagnado”. É a diversidade de saberes que confere estatuto ou diferenciação.

Já as consequências que esta tendência tem sobre as nossas vidas são enormes. Em primeiro lugar confere-nos um estilo de vida aventureiro que nos leva a ser conhecedores e inovadores, ainda que o conhecimento tenha tendência para ser superficial e extremamente emotivo.

Ao nível das empresas e do Marketing a oferta de experiências é a nova moda. A seguir aos health-clubs veio a venda de experiências. Entre venda específica de experiências como a famosa empresa “A Vida é Bela” e a associação de uma experiência a um determinado produto ou serviço como a corrida Nike ou o Starbucks várias são as formas de integrar o conceito de experiêncialismo na oferta de valor ao cliente.

Este fenómeno é consequência e também causa da velocidade de mudança que não pára de aumentar.

domingo, 6 de dezembro de 2009

2010 - Finalmente o Ambiente

A ONU declarou 2008 como o ano internacional do planeta Terra. As preocupações sobre o ambiente começavam finalmente a ser ouvidas de forma unânime. As dúvidas dissipavam-se e as conversas de rodeio iam desaparecendo.

Ao longo do ano de 2008 o ambientalismo ganhou alguma força, mas a crise económica veio deixar o ambiente em segundo plano. Aparentemente a comunidade mundial não era capaz de se preocupar com duas prioridades ao mesmo tempo.

A crise económica parece estar resolvida, ou pelo menos no bom caminho e agora já o ambiente consegue chegar às páginas dos jornais.
2010 será o palco em que o ambiente vai finalmente assumir a importância e prioridade que necessita.

A China já demonstrou vontade de mudar, bem como os EUA e os jornais do mundo parecem estar convencidos do seu papel.

Tudo indica que 2010 vai ser o ano em que todas as grandes batalhas vão ser travadas. Esta mobilização colectiva mudará a forma como utilizamos os nossos recursos e energia.

Já é tarde demais para conseguir travar o aquecimento global através da simples redução de emissões. Do outro lado da mesma moeda é necessário conseguir fazer retenção de carbono.

Ainda com pouco significado, as actividades de retenção de carbono aguardam por um pouco mais de atenção e projecção.

A forma como se irá combater o aquecimento global determinará o panorama energético para as próximas duas décadas.

2010, o ano que marca a mudança da década irá trilhar um caminho fundamental na forma de encararmos os mais importantes recursos.

MAs será que surgirá outra prioridade?