Em 2001 o Estado Português gastava em Segurança e Acção Social menos de 5 mil milhões. Em 2008, gastava mais de 10, 5 milhões.
É preciso saber de prospectiva ou de economia para saber que isto não é sustentável?
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3 comentários:
Duas perguntas:
- Pq é que aumentou tanto?
- Pq é que não é sustentável?
Ola João,
Bem vindo.
Utilizando a metodologia de prospectiva, uma tendência deve ser justificada numa tendência mais forte e mais duradoura.
Neste caso a despesa em acção e segurança social aumentou sobretudo porque cada vez mais temos a percepção de que o estado deve cuidar de nós e ser responsável por nós.
A razão porque não é sustentável é porque face a outras despesas como a educação, a seg social está a tomar uma dimensão muito maior.
Ou seja, estamos a gastar uma grande fatia das nossas receitas na sobrevivência e não em investir no futuro.
Juntando a resposta às duas perguntas percebemos ainda que existe uma retroacção positiva, ou seja uma reacção em cadeia, que faz com que cada vez sejamos menos responsáveis, descartando para o estado a nossa responsabilidade.
Julgo que tens uma forte influência da questão demográfica (que também explica a questão da educação).
No entanto a questão é: alguma da acção é ilegitima ou imprópria?
Parece-me que mais que a quantitade, é mesmo o como vamos sustentá-la que se coloca, isto se não quisermos regredir em termos civilizacionais.
Por outro lado também é verdade que esta própria despesa não pode pura e simplesmente ser vista de uma forma bruta e estática. Ela é um enabler de uma quantidade enorme de situações que nos permitem viver como vivemos.
Julgo que começa é a ser altura efectivamente de fazer escolhas, e escolhas dificeis: Queremos obra publica ou pensões, queremos um corpo administrativo tão elevado ou um maior numero de operacionais, etc...
Quanto à questão da responsabilização julgo honestamente que é um prisma errado de se analisar este problema. Honestamente julgo que é um daqueles mitos que foram criados e fortemente reforçados, mas que não deixa de ser um mito, mas isto já é "viajar na mayonese"...
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