Depois de escrever o último post onde falava sobre formas de retroceder no aquecimento global soube de uma nova forma de o conseguir. Talvez a mais espantosa das três.
Refiro-me À produção de Terra Preta atráves da Pirolise de biomassa.
Biomassa define quaisquer resíduos orgânico, sejam provenientes da agricultura, pecuária, serrações, etc..
A pirólise é um método de combustão sem oxigénio. O facto de não se utilizar oxigénio faz com que este processo não produza CO2, que é o grande culpado do aquecimento global. Este processo tem ainda um efeito secundário que é o de produzir muita energia. Embora o objectivo desta pirólise seja produzir a terra preta, uma matéria mais valiosa que o petróleo, este processo produz mais energia do que consome (salvo seja).
Após este processo o resultado é uma concentração enorme de carbono. Para retirarmos o carbono do ar (do CO2), basta colocá-lo no solo de forma a equilibrar o que retiramos em petróleo.
Mas o que este processo tem de surpreendente é as características e história desse produto final.
Curiosamente, o nome original deste produto é em português.
O nome Terra Preta vem da Amazónia e é a grande característica que torna essa a maior e mais densa floresta do mundo.
Naturalmente, o solo mais rico em carbono é também o mais fértil, pois o carbono é a base de toda a matéria orgânica. Ou seja, a Terra Preta é o fertilizante mais poderoso existente tornando-se muito útil para acabar com a fome no mundo, ou para promover o desenvolvimento dos países mais pobres.
Resumindo, pegamos em resíduos, queimamos produzindo energia, retiramos Carbono do ciclo reduzindo o aquecimento global e no final ficamos com o melhor fertilizante do mundo.
Este processo já existe e já é utilizado, mas ainda não é feito em grande escala. Contudo, a dualidade de usar resíduos orgânicos e contribuir para o desenvolvimento da agricultura, poderá tornar esta técnica numa tendência.
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2 comentários:
Pois, o problema é sempre a escala global.
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