Não querendo tomar posições a favor ou contra esta agência é preciso ter em consideração que há quem a apoie, quem a odeia e muitos que dela suspeitem.
Estes sentimentos são normais e esperados na actividade de Intelligence.
Mas quero sobretudo ver como a própria define o seu trabalho.
A CIA assume-se como uma unidade de Intelligence completamente integrada na comunidade.
Mais especificamente afirma-se como o centro de Intelligence.
Naturalmente, enquanto agência de Intelligence, assume-se também como a 1ª linha de defesa dos EUA.
E a razão de ser justifica-se pelas suas funções:
- Colectar informação que possa revelar os planos, intenções e capacidades dos adversários gerando a base para tomadas de decisão e planos de acção.
- Produzir análises atempadas que gerem perspectiva, avisos e oportunidades para o presidente e decisores encarregues de proteger e promover os interesses americanos.
- Executar acções secretamente direccionada pelo presidente para prevenir ameaças ou atingir objectivos da política americana.
Se a simples aquisição de informação por parte de uma entidade concertada é por si um grande desequilíbrio de poder, a ideia de que esta entidade tem a possibilidade de executar missões secretamente, é algo assustador.
Por outro lado, percebe-se que tenha de ser assim. Como foi abordado em posts anteriores, para se adquirir informações, na maioria das vezes é preciso estar no terreno, que nem sempre é um local amigável.
O exemplo da CIA demonstra como a actividade de Intelligence é uma actividade que gera grande poder, penetra frequentemente numa zona moral cinzenta, gera medos e receios nos outros e necessita de ser muito bem controlada ou pode significar uma ameaça maior que aquelas das quais é suposto proteger.
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