Se por vezes é difícil explicar o que é fazer prospectiva, dar exemplos do que é ‘não fazer’ é muito mais fácil.
Um exemplo flagrante foi o da recente mudança das máquinas fotográficas.
Antes da chegada das máquinas fotográficas digitais, já a sua chegada era previsível. A tecnologia estava a ser preparada há muito tempo, apenas era necessário inquirir os especialistas.
Se uma empresa como a Kodak tivesse um departamento de prospectiva ou de competitive intelligence, 5 anos antes da mudança, este departamento poderia ter dado o aviso: “Atenção que daqui por alguns anos as máquinas fotográficas vão deixar de ser de rolo, para passarem a ser digitais”.
Apenas competia ao analista inquirir investigadores da nikon e da canon, ou os laboratórios que faziam a investigação necessária.
Estes 5 anos de antecedência seriam da maior importância para dar tempo de comprar patentes e tecnologias, começarem a investigar e quando chegasse a altura certa estariam preparados para competir lado a lado com os grandes.
Porque a kodak não o fez, foi apanhada de surpresa tendo obtido péssimos resultados financeiros desde então.
Claro que hoje a Kodak está a fazer um esforço enorme para entrar neste mercado, mas está a entrar com um atraso enorme.
Os lugares de liderança ficaram para outras empresas das quais não estavamos habituados a ouvir falar neste sector, como a Sony.
Mas não foi só a Kodak que perdeu a sua posição “consolidada”.
Muitas empresas menores que esta simplesmente desapareceram, porque sendo mais pequenas não tinham a mesma capacidade financeira.
Enquanto a Kodak conseguiu aguentar alguns anos a perder dinheiro, as que não tinham essa estrutura financeira colapsaram.
Não deixa de ser espantoso ver como grandes empresas conseguem ser apanhadas completamente desprevenidas.
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