AS empresas da China, ou que simplesmente estão colocadas na China começam já a procurar outros locais de produção.
O próprio governo Chinês investe noutros países, inclusivamente africanos, na procura de mão de obra mais barata.
À medida que a mão de obra vai subindo de preço na China, os investidores necessitam de procurar outros países onde ainda exista mão de obra muito barata.
Também o futuro social incerto da China é uma razão para os investidores diversificarem os países de investimento, na sua boa tradição de “não por todos os ovos no mesmo cesto”. Isto porque, como em qualquer grande revolução industrial, segue-se um período de grande insatisfação social. As diferentes classes que resultam tendem a gerar um conjunto de debates políticos, que podem levar a grande instabilidade política, no limite podem conduzir a golpes de estado.
Um dos países para onde o investimento se dirige agora é o Vietname, que provavelmente sofrerá uma grande industrialização nos próximos anos.
À partida podemos pensar que esta realidade é má para a China, mas na verdade é o que a China necessita para encontrar a sua estabilidade económica. Inserida num conjunto de países com que se equilibrar e competir, a Economia chinesa arrefece mas não morre.
Tendo em consideração que a Economia chinesa crescia como uma bolha especulativa, é sempre preferível arrefecer que rebentar.
Entretanto, a Ásia na sua globalidade começa a tornar-se uma grande potência, com características muito próprias.
Com a Índia nos serviços, o Japão nas Tecnologias de ponta e a China e países circundantes em objectos e todo o tipo de produtos, a Ásia torna-se muito completa e competitiva.
É contudo a nível cultural que a Ásia apresenta grandes dúvidas. Serão os vários países asiáticos capazes de se aproximar? Evoluirão os direitos humanos ? Continuará o Inglês a ser a língua Internacional ? Consegue um país grande como a China atravessar crises sociais como aquelas que se esperam sem se dividir?
Vivemos numa era em que o poder está cada vez mais distribuído e já os mais ricos não são obrigatoriamente os mais poderosos e vice-versa. Muito depende da intervenção no mundo das novas grandes potências, mas é reconfortante saber que o poder vai sendo distribuído pelos vários continentes.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
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