Não se entusiamem muito porque não é para já, nem para um futuro próximo.
Na verdade, se e quando acontecer já não nos vai interessar muito.
Olhemos então para o mercado actual.
O petróleo é extraído a preços não superiores a 30 dólares o barril. No mercado internacional ele é negociado a muito mais de 100 dólares o barril.
No final existe ainda o poder dos mercados (em portugal as produtoras têm demais face às congéneres europeias) e finalmente os Impostos.
Nota: não sei porque insistimos em falar em dólares. Adiante ...
Esta diferença de valor que eleva o barril dos 30 aos 130 é o resultado daquilo que chamamos de Cartel de Preço, combinado com um bocadinho de especulação.
Não é novidade que desde os anos 80 os OPEP (países exportadores de petróleo) fazem cartel de preços acordando vender acima de um certo preço ou abaixo de uma certa quantidade (cujo o efeito é o mesmo).
Mas neste momento, devido a um conjunto de factores, existe uma subida contínua. Esta subida contínua dá vontade a qualquer um de nós armazenar uns litros de petróleo na arrecadação, e vender daqui por uma semana muito mais caro.
A expectativa de lucro é muito superior ao da bolsa, neste momento.
Se há uns anos atrás, os exportadores de petróleo tinham interesse em fugir ao acordo e vender o petróleo a preços inferiores ou quantidades superiores ao combinado, hoje já não querem fazer isso
O que lhes interessa agora é armazenar esse petróleo.
Mas quando se fala em armazenar, não é tirar do fundo da terra (a preços elevadíssimos) para depois o armazenar num poço enorme (a preços também eles elevados).
Nada disso.
Neste momento tudo o que têm que fazer para fazer especulação é aguardar. Deixar para amanhã o que podem extrair hoje.
Como estão a contar com uma constante subida do preço do petróleo, vão extraíndo o petróleo mais devagar, dando-lhe tempo e incentivando a sua subida de preço.
Apenas devem extrair suficiente petróleo para manter a dependência.
Isto levanta uma questão política interessante. Quando os países consumidores sobem os impostos sobre os produtos petrolíferos, obrigam-nos a baixar o preço e quando baixam os impostos, eles sobem o preço.
Este fenómeno só acontece porque os vendedores se mantêm no limite da dependência.
Portanto, perdido por perdido, mais vale elevarmos a carga fiscal sobre os combustíveis.
O fim deste ciclo só poderá ser um.
A introdução de bens alternativos, ou para ser mais específico, a introdução de energias alternativas.
Quando entrar a concorrência das energias alternativas, já os produtores de petróleo vão ter interesse em baixar o preço, mas nessa altura não baixarão apenas por questões concorrenciais.
É toda a bolha especulativa criada ao longo destes anos que rebenta fazendo os preços cairem como se o petróleo não tivesse qualquer utilidade. E aí o mercado vai voltar a funcionar, porque os OPEP já não vão ter força para se manterem unidos.
Porém, nos dias de hoje, os representantes das OPEP também sabem fazer prospectiva. O que significa que eles têm algum interesse em antecipar uma grande descida com pequenas descidas para desvalorizar o investimento em energias alternativas.
Cabe-nos a nós, PIP (Países importadores de Petróleo) fazer uma contra-acção contra essa contra-acção: um acordo de “não descida de impostos”.
Acordamos desde já que cada vez que o preço do barril de petróleo descer, os vários países vão aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos, de forma a que não se sinta qualquer oscilação no preço dos derivados do petróleo.
Com este acordo, cada oscilação especulativa sairá muito cara aos países da OPEP e estaremos a dar estabilidade aos investidores em energias alternativas.
Para os investidores em energias alternativas é muito mais importante e eficaz a estabilidade que os apoios, pois permite que o mercado funcione incentivando o investimento através da promessa de retorno.
Para completar, deve ser acordado o livre mercado das energias verdes, de onde ficará excluída a energia de fissão nuclear e biodiesel.
Através deste acordo, nós os países importadores de petróleo conseguimos:
- Controlar as subidas do preço do petróleo
- Incentivar sem prejudicar o mercado as energias alternativas
- Inverter o ciclo das dependências num muito curto espaço de tempo
- Proteger as economias e o ambiente
3 comentários:
Uma ideia que não me parece muito viável, terias que ter em conta que os PIP se conseguiriam entender e que nos próprios PIP não há muitos interesses instalados.
Infelizmente não prevejo nenhuma possibilidade de descida.
Pelo contrário li o resultado de um estudo , penso que era da Repsol (e sim, eu sei que será muito enviesado) que previa que o preço de combustiveis iria duplicar nos próximos 3 (ou 5) anos.
O ideal era darmos condições a quem quer procurar energia alternativa, no entanto eu vejo um pouco dificil a concertação de tantos países, como seriam os PIP.
Mas é só uma opinião
pois o oriente desta previsão não é para daqui a 3 ou 5 anos.
Imagino que a grande revolta no preço do petróleo se de nos anos 30, final dos anos 30.
Mas isto depende muito de como nós dinamizarmos as energias alternativas
Farto dos aumentos dos combustíveis?
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