Uma técnica que utilizo com alguma frequência no foresight da área de Marketing é a análise de necessidades.
Não se trata de nenhuma grande técnica, ou de algo já documentado. Trata-se simplesmente de uma simples técnica que criei tendo em consideração os princípios básicos do Marketing.
Segundo o Marketing todas as necessidades são satisfeitas, ou pelo menos, todas terão respostas.
Mas importa perceber que as necessidades de hoje não são as necessidades de amanhã.
Por um lado, numa perspectiva Maslowiana e optimista, podemos partir do princípio (não da certeza) que as necessidades de hoje estarão respondidas amanhã. Pelo menos dentro de uma certa medida as respostas vão sendo respondidas à medida que os mercados evoluem. Mas claro que nem sempre os mercados evoluem e nem todas as soluções são possíveis.
A outra componente da análise de necessidades reside na análise de necessidades das realidades futuras. Como qualquer aluno de Marketing saberá, necessidades existem sempre, sejam elas mais básicas ou secundárias, sejam elas mais produndas ou superficiais.
Mas necessidades existem em todos os cenários e consoante as mudanças surgirão necessidades específicas. E concerteza muitos se preocuparão em encontrar formas de satisfazer as necessidades dos outros.
Assim a análise de necessidades futuras, devidamente elaborada e aprofundada, em conjunto com outras técnicas de prospectiva poderá nos dar uma imagem sobre os prováveis negócios com sucesso do futuro.
Vejamos então um exemplo:
O desporto, a cultura de bem estar, a preocupação com a qualidade de vida, o desenvolvimento pessoal através da cultura, os hobbies e mestrias diversas e a preocupação com o stress são tudo tendências crescentes na nossa sociedade.
Por outro lado, o excesso de objectivos, a cultura de mudança e a falta de tempo livre estão também cada vez mais presentes.
Podemos assim esperar que actividades que antes eram de pessoas dedicadas quase com exclusividade se tornem como actividades de entretenimento esporádico e de curta duração.
Actividades como danças, esgrima, combates de laser, ginásticas de teor semi-acrobático, andar de patins, karts eléctricos ou malabarismo podem vir a substituir as idas ao ginásio e à piscina, ou até mesmo a happy hour no pub.
Não é difícil de imaginar que um andar de um edifício de escritórios seja destinado a um parque de patinagem ou o terraço a uma pista de karts elétricos, ou um armazém contenha uma arena para combates de laser e salas para lutar com imitações de espadas e sabres japoneses.
Mas o mais interessante será transformar estas actividades em algo esporádico. Estes pequenos centros de actividades semi-radicais ao optarem por terem modalidades de práticas esporádicas conseguirão atingir um público muito mais vasto do que os praticantes assíduos.
A forma ou o timming como se dará esta mudança é que levantará outras dúvidas, mas para isso já se requerem outras técnicas.
Pessoalmente, estou ansioso por ir libertar stress em qualquer uma destas alternativas.
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