segunda-feira, 21 de julho de 2008

A ameaça do reconhecimento de imagem

Tecnologias utilizadas actualmente em computadores domésticos de capacidades médias são já capazes de reconhecer caras.
Por enquanto ainda são mecanismos algo rudimentares que demoram alguns segundos a fazer a comparação entre duas imagens.
Se quiserem comparar uma imagem com uma lista de 10 imagens dez vezes mais, se for de uma lista 100 vezes maior, demora 100 vezes mais e por ai em diante.

Mas com a evolução natural das tecnologias em breve em poucos segundos será possível comparar uma imagem com uma listagem de milhares ou milhões em poucos segundos.

A acumular a este factor está o constante aumento de câmaras de filmar em todas as áreas públicas e semi-públicas. E uma grande quantidade destas câmaras está acessível na internet ou por entidades governamentais. Inglaterra é o país onde a febre das câmaras atinge níveis mais preocupantes ao ponto de qualquer cidadão aceitar a ideia de que está constantemente a ser filmado. Mas mesmo em países como Portugal, o número de câmaras é assustador.
Estradas, centros comerciais, lojas e parques de estacionamento são filmados. Mesmo ruas onde supostamente não há câmaras estão frequentemente no espaço de visão de câmaras de lojas que apanham o exterior através das montras.

A combinação destas duas evoluções tecnologias permitirá no futuro que a polícia coloque uma fotografia num software e em poucos segundos, um webcrawler ou um pequeno algoritmo percorra todas as câmaras à procura de uma correspondência da pessoa procurada informando sobre a localização do mesmo.

Numa fase mais avançada, um algoritmo não muito mais complexo poderá fazer um desenho do percurso de uma pessoa seguindo e registando tudo o que essa pessoa faz ao longo do tempo.
No limite um servidor central, com uma incrível capacidade de computação para os dias de hoje, será capaz de registar tudo o que todas as pessoas fazem.

Para além do ataque óbvio às liberdades individuais estas tecnologias oferecem um poder exagerado ás autoridades, que devido a esse desequilíbrio tendem a ser utilizadas de forma imprópria.

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