Desde a massificação da Televisão que fomos submetidos a um aumento constante de informação. Com a massificação da internet, tv cabo e telemóveis o nível de informação que recebemos por minuto ou por dia continua a aumentar de forma exponencial.
Consequentemente, também a nossa capacidade de absorver informação tem vindo a aumentar. Uma simples análise dos gostos de uma criança e de um adulto ou até de duas pessoas da mesma idade em alturas diferentes, demonstram que a nossa capacidade de absorver informação aumenta com os anos.
Como em tudo o resto, a necessidade e o hábito aumentam as nossas capacidades naturalmente e sem um esforço consciente. As leis da genética tratam do resto.
Facilmente podemos afirmar que também as nossas redes neuronais estão a sofrer um upgrade no sentido de acompanhar os sucessivos upgrades tecnológicos.
Um exemplo claro são as imagens muito rápidas dos filmes de acção onde os planos são demasiado rápidos e até realizadores como o Spielberg dizem “os planos de hoje são demasiado rápidos para mim. Mas penso que isto acontece porque eu sou de outra geração e não estou preparado para os filmes de hoje.”*
Também a complexidade das associações feitas de uma imagem com outras referências aumentou. Um exemplo disto é o filme “Moulin Rouge” que bebendo de um conjunto de referências musicais, históricas e culturais fez uma mistura inovadora numa história dramática, cómica e cheia de acção, que faz um adepto de música clássica arrancar cabelos.
À partida poderá existir a ideia de que esta evolução irá ser travada pelas capacidades humanas. Mas temos que ter presente que também as capacidades humanas estão a evoluir neste sentido.
Podemos assim concluir que esta evolução não tem um fim natural. Poderá ser abrandada ou travada por eventuais factores externos como o “Slow Movement”, mais preocupação da qualidade de vida, alterações nos sistemas educativos e até no papel da famíla.
Mas a evolução que temos no âmbito cultural, artístico e especialmente áudio-visual é de uma continuidade quase espiral que aumentará para níveis incompreensiveis hoje.
Será de esperar que o ensino daqui por algumas décadas seja feito por audiovisuais onde passem 10 ou 20 ideias por segundo ?
Será vantajosa a introdução destes métodos no ensino universitário e pré-universitário ?
*esta afirmação foi retirada de um documentário, mas a tradução não é literal.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
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