terça-feira, 25 de novembro de 2008

O fim da Crise Financeira Norte Americana - O cenário mais simples

Os EUA aproximam-se de um cenário de deflação.
A solução para um cenário destes é a injecção de moeda na economia. Emissão e injecção directamente nos cidadãos.
O próprio Barack Obama já anunciou que irá injectar dinheiro através de obras públicas.

Esta é a solução keynesiana que já foi aplicada nos anos 30, com o nome de “New Deal”.
Basicamente, o que se passa neste momento é que não há dinheiro, porque não há confiança, logo ninguém investe. Ninguém compra, logo ninguém vende. Se ninguém vende ninguém tem dinheiro para comprar. Cada pessoa agarra-se ao pouco dinheiro que tem.

Ao injectar mais dinheiro na economia, aumenta-se o investimento e aumenta-se o consumo. Mas esta medida tem um inconveniente. Se for feita em demasia cria inflação e chega a um ponto em que não cria riqueza, apenas aumenta o dinheiro em circulação, desvalorizando a moeda.

Assim, vai ser injectado dinheiro, até que a confiança volte, mas logo a seguir muita gente vai começar a investir e começar a gastar. E aí poderá se cair no extremo oposto. Havendo moeda em excesso, o dólar desce, o petróleo sobe e a inflação nos EU dispara e a taxa de juro real diminui (ainda que a nominal possa subir).

O que é que isto significa para quem tem muito dinheiro? Significa que o dinheiro em casa vai desvalorizar loucamente. As duas reacções possíveis a isto são: vender dólares, comprando outra moeda como, por exemplo, o Euro. Ou então, começar a investir em empresas relativamente seguras, nomeadamente tecnologia. Tudo o que seja banca e imobiliário é muito arriscado no momento.

Mas o que significa tudo isto ?
Isto significa que o “Oscilómetro” está no máximo. Salta-se de um extremo para o outro. A atitude tipicamente histérica dos investidores ressalta de um lado e do outro.

O desafio para a económica Norte-Americana é conseguir voltar ao centro sem descambar para o outro lado. Calma e serenidade são as palavras de ordem.
Também por isto o novo presidente anuncia que irá fazer muito antes de fazer, para que o efeito seja distribuído no tempo.


Nota: Este é apenas um cenário provável e não deve ser confundido com uma previsão. Há variáveis que podem impedir este cenário.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Queda do Dubai veio mais cedo ?

Não são poucos os que afirmam que o Dubai é apenas uma bolha especulativa e que uma vez rebentando, colapsará até à inexistência.

Mas a maioria das pessoas que defende este teoria (como eu próprio) esperavam que tal acontecesse depois de o petróleo ser o recurso que faz mover o mundo. Ou seja, quando o petróleo se tornasse tão caro ou as energias alternativas tão baratas que iria passar para segundo plano.

Mas a actual crise económica veio destruir muitos mitos e com eles rebentaram todas as bolhas especulativas.

O Dubai tem 2 grandes focos de investimento: As finanças e o imobiliário.

O Dubai tem como objectivo ser o centro financeiro do mundo, à frente dos EUA e da Suiça.
E o modelo imobiliário da região é de grande luxo, mas também de grandes custos de manutenção. São esses elevados custos de manutenção que nos fazem pensar que no Dubai não é possível existir meio-termo entre o sucesso e o fracasso.

Até ao final do verão deste ano, o sonho do Dubai crescia a olhos vistos sem preocupações no horizonte.
Mas a crise veio atingir sobretudo estes dois grandes sectores.
O crédito foi o primeiro a retrair-se, tornando os bancos muito mais cuidadosos e restritivos na cedência de crédito. Estas restrições desanimaram os investidores.
Porque a região é movida pelo espírito “isto é que está a dar agora”, a fuga fez-se sentir rápido.

Desde o fim do verão o valor do património imobiliário já desceu quase 20% e ainda estamos no Outono.

Fica por saber se esta é apenas uma fase e o Dubai vai conseguir recuperar e voltar ao grande crescimento, ou se é o fim do sonho do Dubai.

Mas para uma região com um crescimento exponencial, uma queda de 20% em poucos meses, é um grande trambolhão.

Quanto maiores os gigantes…..

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A evolução na área da Saúde

Embora tenha passado ao lado da maioria de nós, a medicina evoluiu muito nos últimos anos. Não apenas em número de descobertas, mas sobretudo no tipo de descobertas e no sentido em que a saúde está a evoluir.

Dois campos onde a medicina evoluiu muito de forma que não era vulgar são: a antecedência do diagnóstico e a terapia através da alimentação e de pequenos hábitos do dia-a-dia.

A antecedência do diagnóstico é da maior importância na saúde. As doenças têm por natureza um carácter evolutivo. Uma medicina mais básica só consegue detectar uma doença quando os sintomas se tornam visíveis (ou nem isso). Uma medicina de nível mediano, detecta quando a doença surge, mas uma medicina avançada deverá detectar a propensão, a tendência ou uma variação antes de se tornar uma patologia.

A terapia pela alimentação, ao contrário do que se possa pensar, não é algo exclusivo das medicinas alternativas. Recentemente uma investigadora portuguesa obteve resultados surpreendentes indicando os tipos de alimentos que faziam melhor a cada tipo de cancro. Um caso bastante reconhecido é o benefício da comida indiana na prevenção do Alhzeimer.
Já as medicinas naturais indicam-nos há muito tempo um conjunto de terapias através de dietas consoante as patologias. Naturalmente, as características das medicinas naturais carecem frequentemente de investigação científica, mas neste campo específico as duas estão cada vez mais próximas.

A combinação destes dois factores significa um paradigma completamente novo para a saúde. Contudo, nem todos têm a capacidade para seguir as indicações do seu médico. Basta pensar na quantidade de pessoas que não consegue largar o sal ou a carne de porco quando se depara com problemas de tensão alta.

Espera-se assim que no sentido de evitar tratamentos mais intrusivos, a maioria das pessoas consiga seguir as indicações preventivas dos seus médicos.