segunda-feira, 8 de março de 2010

Grande passo no Ensino Superior em Portugal

A Universidade de Lisboa lançou um curso à semelhança das melhores Universidades do Mundo.
Neste regime, pioneiro em Portugal, não existe um plano curricular pré-determinado com um conjunto de cadeiras. É o aluno que constróri o seu plano curricular dentro de um conjunto de optativas que a Universidade oferece.

Tal como em outros países há um conjunto de Majors e Minors. O Aluno escolhe uma Major e completa o seu curso com as várias Minors.

As vantagens deste sistema são várias.
A primeira razão prende-se com o facto de as licenciaturas não servirem para ensinar os alunos a fazer uma determinada função. Num mundo em constante mudança onde as profissões são constantemente re-inventadas, as licenciaturas como são entendidas não fazem qualquer sentido perante a realidade.

A segunda razão é transmitirem para o aluno a responsabilidade de construir o seu curso. Ao imputarem desde a raíz a responsabilidade no aluno, isto cria no próprio um sentido de conduzir o seu futuro. Ou seja, aumenta o locus interno. Algo que falta na nossa cultura profundamente influenciada pelo socialismo, onde somos levados a crer que o responsável pelo nosso futuro é o Estado e não nós.

A terceira grande vantagem incide sobre os professores que não se podem mais encostar como é normal e vêem-se assim obrigados a competir com os seus colegas pelo cliente interno. A raiz do nosso atraso no Ensino Superior é exactamente a falta de noção de cliente interno e ausência total de competitividade. Quando um professor se vê obrigado a pensar “Como é que eu posso tornar a minha cadeira mais apelativa para os alunos” tem um imperativo para melhorar constantemente os seus conteúdos e métodos e genéricamente esforçar-se para chegar aos alunos.
A partir daqui se existir uma avaliação dos professores, mesmo que esta não tenha um impacto directo sobre a sua remuneração, são os próprios alunos que a irão considerar. Se por outro lado, a remuneração do professor estiver dependente da afluência dos alunos às cadeiras, então a preocupação com a melhoria contínua torna-se intensiva.

Por enquanto, apenas uma Universidade está a seguir este método em Portugal. E abrangendo as áreas científica, artística e de Humanidades, deixando de fora as áreas Económicas e empresariais, que certamente teriam muito a ganhar com esta metodologia. No mínimo, cadeiras orientadas para o empreendedorismo serão da maior importância para estes alunos que concerteza terão vantagens para a inovação pela diferença académica.

A Universidade de Lisboa, responsável por esta iniciativa irá abrir no próximo ano lectivo apenas 35 vagas para esta modalidade, mas podemos considerar este um Weak Signal e esperemos que se torne numa prática comum.

No resto da Europa, onde esta prática costumava ser vista com maus olhos por tranferir do Estado para o Aluno um conjunto de responsabilidades, começam a surgir um conjunto de projectos com as mesmas características.

Entre as Deep Causes desta mudança estão a ameaça que as economias emergentes representam para a Europa, a incapacidade dos modelos Marxistas agirem perante a turbulência e a elevada turbulência no mercado profissional.

Nota: Por Modelos Marxistas e/ou socialistas, refiro-me a todos os que derivam do conceito “Cada um consoante as suas capacidades e a cada um consoante as suas necessidades”. Este modelo é aplicado mais ou menos à letra consoante os governos e ministérios da educação determinam a formação dos indivíduos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

James Cameron no TED

James Cameron: Before Avatar ... a curious boy | Video on TED.com

James Cameron, uma das mentes mais criativas do presente fala sobre a sua vida e os seus métodos criativos.

Também explica porque razão se deu ao trabalho de criar um filme sobre um navio que afunda.
Afinal sempre havia uma razão.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Futuro dos Jogos

Este é um vídeo fantástico a explicar como estão a mudar as tecnologias de entetenimento e de como isso pode influenciar os nossos estilos de vida.

terça-feira, 2 de março de 2010

A boneca que roda e nos diz que lado do cérebro utilizamos
























Será possível que esta imagem diga que lado do cérebro utilizamos melhor?

Segunda a teoria que está por trás, as pessoas que vêm a rodar no sentido dos ponteiros do relógio, usam mais o lado direito do cérebro, mais orientado para a intuição e criatividade. Publicitários, escritores, professores, artistas são o tipo de profissionais que geralmente vê neste sentido.

As pessoas que a vêem a rodar no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio utilizam mais o lado esquerdo, responsável pelo raciocínio lógico e pelo rigor. São geralmente profissionais como advogados, engenheiros e contabilistas que vêem a rodar neste sentido.

Segundo o professor que me mostrou esta imagem, é até normal que a imagem rode para um ou para o outro lado, consoante a actividade que estávamos a executar antes.

No meu caso, só a conseguia ver a rodar no sentido dos ponteiros do relógio o que até faria sentido visto que tenho muito mais facilidade para pensamento lateral que para o pensamento vertical.
Sou uma pessoa pouco dada a pormenores e rigor e com elevada facilidade para gerar conceitos e soluções.

Devo dizer que durante muito tempo pensei que ela apenas rodasse para um lado e que as pessoas que a viam a rodar para o outro, não estivessem a dizer a verdade.

Contudo, com muita concentração agora já a consigo ver a rodar no outro sentido.
O meu lado criativo gosta destas coisas, mas o meu lado esquerdo do cérebro (aparentemente mais fraquinho) não vê sentido nenhum nisto.

Fico na dúvida

segunda-feira, 1 de março de 2010

A importância de sair da Zona de Conforto para o Povo Português

Segundo o investigador Pedro Moreira, especialista na área de Liderança, Portugal à semelhança dos demais povos latino-católicos sofre de uma dificuldade de trabalhar em equipa devido à sua incapacidade para confiar em pessoas fora do seu laço familiar.

Por questões históricas, os povos de herança católica confiam apenas na sua família e como tal são competitivamente prejudicados face a outros povos como os de herança protestante. O facto de não termos dificuldade em confiar, não nos permite trabalhar em rede o que trava fortemente a nossa capacidade de inovar ou até mesmo de construir grandes empresas. Daí o tecido familiar português ser constituído especialmente por empresas de dimensão familiar.

O povo português tem ainda características de ser o que segundo determinadas teorias da psicologia organizacional de características feminínas. O que isto significa é que não somos pessoas que impõe os seus comportamentos e estilos de vida, mas sim se adaptam aos demais. Daí que eramos vistos como um povo descobridor em vez de um povo conquistador, como os demais povos latinos.

Segundo o senso comum e a nossa auto-imagem enquanto povo, temos uma elevada capacidade de improviso e adaptação, conseguindo frequentemente ultrapassar problemas com elevada facilidade. O reverso desta imagem é que temos pouca disciplina e apenas quando nos vemos em situações complicadas conseguimos dar o melhor de nós.

Segundo o gestor de Projectos Manuel Veludo, apesar de os portugueses aparentarem alguma dificuldade em se estruturar e disciplinar, quando o aprendem a fazer tornam-se dos melhores profissionais devido à tal capacidade de adaptação e improviso. E por essa razão vemos constantemente Gestores de Projecto portugueses a dirigir projectos de topo a nível mundial.

Estes dois elementos tornam-se assim chave para o nosso sucesso enquanto povo: A confiança que nos permite trabalhar em rede e a auto-disciplina que nos permita realizar os nossos objectivos.

Segundo Sun-Tzu, autor de A Arte da Guerra, considerado como o pai da estratégia sair da zona de conforto é uma acção fundamental para o sucesso. Num contexto militar, se um batalhão combatesse perto de casa, a maioria dos soldados teria tendência para abandonar a batalha e tentar regressar a casa sozinho.

Por outro lado, quando entravam em terreno inimigo tinham tendência a fortalecer o seu espírito de equipa, seguir o líder e disciplinar as suas acções.

Este conceito de Sun-Tzu evoluiu para o que hoje chamamos de sair da da zona de conforto. Quando estamos confortáveis temos tendência a não exigir o melhor de nós e desvalorizarmos a importância dos outros. Por oposição, quando estamos fora da nosssa zona de conforto, sentimo-nos na necessidade de dar o melhor de nós e procurar o apoio de outros vendo-nos obrigados a confiar nos outros.

Esta talvez seja a explicação por trás do sucesso dos portugueses que emigram. Aparentemente, apenas os portugueses que saem do país conseguem ter sucesso e mesmo quando conseguem a maioria diz que não teria sido possível em Portugal.

A verdade é que em Portugal, a maioria dos jovens tende a ficar em casa dos pais até aos 30, apontam o estado como o principal responsável do seu sucesso e a maioria prefere um emprego estável mal pago a criar o próprio projecto mesmo que signifique rendimentos maiores. As nossas capacidades não são desafiadas e a maioria prefere se fechar num título do que propriamente ser empreendedor e trabalhar a sua rede social.

Se realmente o que os Portugueses precisam é de sair da sua zona de conforto, então é necessário criar instabilidade, estimular os jovens a sair cada vez mais cedo de casa, condicionar os mestrados a quem já tem experiência profissional, derrubar as noções de estatutos, questionar as instituições políticas, promover a flexibilidade laboral e acima de tudo o intercambio de estudantes.

É fundamental levar os nossos alunos a estudar lá fora e trazer alunos de fora para estudar cá. Criar métodos de ensino mais práticos e interactivos que não se resumam À memorização da matéria exigindo sempre uma atitude crítica do aluno.