quarta-feira, 30 de julho de 2008

O “step back” na usabilidade dos vídeo-jogos

Seguindo a ideia do post abaixo, este post vai falar de como a indústria dos vídeo-jogos deu um passo atrás.

Se olharmos para a Playstation ou para as antigas Nintendo e sega, percebemos que houve uma evolução nos níveis de jogabilidade. Os controles passaram a ter cada vez mais botões, as realidades são cada vez mais complexas e o mundo dos vídeo-jogos foi-se tornando como uma actividade de culto.

Os viciados dos jogos procuram cada vez coisas mais complexas, mas que não deixam de beber dos jogos antigos que eles já conhecem. Chegamos a um ponto em que se pode dividir as pessoas entre aquelas que jogam vídeo-jogos e aquelas que não jogam.

O problema é que uma pessoa que não estivesse habituada a jogar e fosse pegar num jogo recente como o Solid Metal Gear 4 ia achar o jogo demasiado complexo e fartar-se-ia dele rapidamente. Mas à medida que a geração dos vídeo-jogos foi crescendo surgiu a necessidade de criar jogos para adultos; pessoas que gostam de jogar, mas que não se querem “viciar” em jogos.

A resposta foram jogos que não necessitam de controlos complexos e também jogos para dinâmicas de grupo.

A PlayStation, que já era líder nos vídeo-jogos, fez apostas humildes mas com grande sucesso: SingStar, Eyetoys, guitar hero e buzz. Conceitos de jogo muito virado para festas e animações de grupos de adultos. Mas a base manteve-se. A PlayStation 3 é uma evolução natural da PlayStation2 que mantém os jogos para os adeptos dos jogos complexos.

Já a Nintendo, porque não estava tão bem colocada no mercado, teve que apostar numa medida mais audaz. Assim sendo, apostou fortemente no segmento dos jogadores ocasionais, criando para eles toda uma nova tecnologia, com um aparelho que simula movimentos. Muito utilizado por crianças e adultos em ambientes de convívio a Wii demonstrou-se como um verdadeiro sucesso enfrentando a rival que durante anos se manteve imparável.

Tal como tinha sido abordado no post anterior, o “step back” mostra verdadeiras vantagens comerciais, sendo que nem sempre a tecnologia mais avançada e orientada para os que mais percebem é a que tem sucesso comercial.

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