terça-feira, 6 de maio de 2008

Onde pára a Intelligence dos EUA ?

Robert Anton Wilson descrevia os EUA como um país fanático por intelligence.
Dizia que primeiro tinha sido criada uma polícia secreta para os proteger. E depois foi criada uma segunda polícia para vigiar a 1ª. De seguida foi criada outra para vigiar as duas primeiras. E depois outra para criar as 3 primeiras. E esta febre nunca mais terá parado.
Apesar de RAW dizer isto com algum sentido cómico não nos é assim tão absurdo imaginar este cenário.

A CIA analisa todas as ameaças externas e como vimos no post anterior efectua missões secretas.
John Edgar Hoover, fundador do FBI, foi considerado ser mais poderoso que o presidente dos EUA durante o seu tempo.
Os Internal Affairs têm poder para vigiar e analisar as várias policias, enquanto a polícia miltar tem controlo sobre as forças militares.

Há quem defenda que são estas organizações que no seu conjunto controlam os presidentes americanos e consequentemente a política americana.
Outros defendem que os dois grandes partidos são lobbies poderosíssimos que controlam estas forças por canais alternativos.
Grandes famílias ou grupos religiosos assumem também a lista dos possíveis supra-sumos do poder e intelligence.

A teoria oficial é de que o Presidente concentra em si todo esse poder, mas pessoalmente acho essa possibilidade demasiado assustadora. Pensar que tanto poder recai sobre uma pessoa é demasiado negativo.
Basicamente, quem iria apoiar um presidente na campanha seria quem quisesse apagar informações. E não quero acreditar que seria um barão da droga ou um grupo de pedofilia a escolher e apoiar um presidente.

Dentro das opções que existem, espero que entre os vários grupos de poder exista tanta controvérsia, diferentes perspectivas, dificuldades de acordo que eles acabem por se neutralizar uns aos outros e assim permitir algum equilíbrio.
Sim, muito jogo sujo, mas ainda assim, um pouco de equilíbrio.

O cenário perfeito seria aquele onde ninguém teria muito poder, mas vários terem um pouco de poder. Ninguém ter impunidade e todos serem de alguma forma analisados e avaliados, com respeito pela sua privacidade.
Mas claro que este é um cenário utópico.

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