sábado, 17 de abril de 2010

Despesa Social

Em 2001 o Estado Português gastava em Segurança e Acção Social menos de 5 mil milhões. Em 2008, gastava mais de 10, 5 milhões.

É preciso saber de prospectiva ou de economia para saber que isto não é sustentável?

3 comentários:

João Cardiga disse...

Duas perguntas:

- Pq é que aumentou tanto?
- Pq é que não é sustentável?

Hugo Ferreira Garcia disse...

Ola João,

Bem vindo.

Utilizando a metodologia de prospectiva, uma tendência deve ser justificada numa tendência mais forte e mais duradoura.

Neste caso a despesa em acção e segurança social aumentou sobretudo porque cada vez mais temos a percepção de que o estado deve cuidar de nós e ser responsável por nós.

A razão porque não é sustentável é porque face a outras despesas como a educação, a seg social está a tomar uma dimensão muito maior.
Ou seja, estamos a gastar uma grande fatia das nossas receitas na sobrevivência e não em investir no futuro.

Juntando a resposta às duas perguntas percebemos ainda que existe uma retroacção positiva, ou seja uma reacção em cadeia, que faz com que cada vez sejamos menos responsáveis, descartando para o estado a nossa responsabilidade.

João Cardiga disse...

Julgo que tens uma forte influência da questão demográfica (que também explica a questão da educação).

No entanto a questão é: alguma da acção é ilegitima ou imprópria?

Parece-me que mais que a quantitade, é mesmo o como vamos sustentá-la que se coloca, isto se não quisermos regredir em termos civilizacionais.

Por outro lado também é verdade que esta própria despesa não pode pura e simplesmente ser vista de uma forma bruta e estática. Ela é um enabler de uma quantidade enorme de situações que nos permitem viver como vivemos.

Julgo que começa é a ser altura efectivamente de fazer escolhas, e escolhas dificeis: Queremos obra publica ou pensões, queremos um corpo administrativo tão elevado ou um maior numero de operacionais, etc...

Quanto à questão da responsabilização julgo honestamente que é um prisma errado de se analisar este problema. Honestamente julgo que é um daqueles mitos que foram criados e fortemente reforçados, mas que não deixa de ser um mito, mas isto já é "viajar na mayonese"...