Na Polícia Judiciária Portuguesa existem profissionais que trabalham a nível de análises químicas fazendo comparações entre as diferentes drogas das várias apreensões.
Estas comparações permite-lhes concluir a origem e os vários canais por onde atravessa a droga. Permite também encontrar provas da dimensão de cada traficante, perceber quais são os pontos fracos das redes e desta forma fazer com que o seu trabalho de campo seja muito mais eficiente.
Menos polícias armados, mas muito mais operações de intervenção directas ao objectivo.
É através destes trabalhos que se desmantelam grandes redes, não perdendo tempo com o traficante de esquina e avançando directamente para os grandes traficantes.
Todas estas informações podem posteriormente ser cruzadas com informações de outras áreas, como armamento, negócios e redes.
O intelligence que se obtém a este nível pode fazer com que se evite o surgimento de grandes grupos de crime organizado enquanto ainda têm uma dimensão possível de se combater.
Não possuo informações sobre se a nossa Polícia Judiciária já pratica este tipo de intelligence. Mas o simples facto de saber que analisam numa base contínua e comparativas os vários estupefacientes com que se deparam, significam que já existe um trabalho de intelligence significativo.
Podemos assim tentar imaginar o tipo de operação que estaria envolvida no combate à onda de crime organizado que atingiu a noite do Porto.
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